Apesar de antes de suas publicações já haver outros trabalhos do gênero fantasia, John Ronald Reuel Tolkien ou como é mais conhecido, J. R.R. Tolkien é tido como pai da fantasia moderna, e por tabela, o pai do RPG. Isso se dá principalmente devido ao sucesso e ao impacto de seus livros, sendo traduzidos, como resultado, para as mais variadas mídias.
As características e comportamentos de raças, dragões e arquétipos, hoje em dia seguem a referência das ricas descrições feitas por Tolkien em seus trabalhos, sobretudo O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillon, as obras que abordam o universo da Terra Média. Por falar nisso, ao contrário do que se pode pensar, a Terra Média não foi pensada como um lugar em outro planeta. O próprio autor rebatia a ideia por meio de cartas e, inclusive em entrevista chegou a afirmar que seu universo mitológico se passaria na costa europeia. Para ele o que nos afastaria de todos os seus elementos fantásticos não seria a geografia e sim o tempo. Imagine só, algum tempo no passado se poderia ver criaturas assombrosas que cuspiam fogo, magos, hobbits, elfos e anões andando por estas terras. Quão louca parece essa ideia? Esse é o caráter mitológico por trás da saga.
De fato, quando escreveu esse era o objetivo de Tolkien. Em cartas, o autor fala do incomodo pela falta de histórias de seu país ou pelo menos das histórias que procurava, diferente de outras culturas como a escandinava, a alemã, a grega e celtas. O britânico, queria tecer um universo mitológico robusto como legado para sua cultura, isso explica a riqueza de detalhes empregada nas suas produções.
No entanto, isto não era tarefa fácil, acima de tudo, o linguista por formação e paixão, usou de muita criatividade, para atingir o reconhecimento que tem hoje em dia. Essa criatividade, foi passada como faíscas para seus admiradores que hoje em dia criam universos fabulosos dentro do gênero RPG.
Fonte: Revista - O Universo Fantástico de Tolkien - Editora Martins Fontes.
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